sexta-feira, 27 de setembro de 2013

UM CRAVO CHAMADO GOLIAS

           
            Na minha vida, poucas foram as noites que passei em claro por causa de problemas. Já perdi muitas noites me divertindo, mas a noite de hoje parece que vai ser demorada. São exatamente 2h1min da madrugada, e tenho que está de pé às 6h00, resta-me apenas 4h00 para tentar dormir.
            Estou me sentindo um Davi diante de um Golias, só que dessa vez é diferente, eu não quero destruir, nem machucar o gigante. Apenas desejo selar a paz com ele, mas Golias não quer ceder.
            Ah, Antoine de Saint-Exupery! Só me vem o Senhor a cabeça. As relações humanas são definitivamente uma palhaçada.
           Eu encontrei um cravo no meu caminho. Sua rispidez me impulsionou a aproximar-se dele, para que ele não viesse a me ferir. Tal fato ocasionou um cultivo. Eu cativei o cravo, mas mesmo assim, devido a sua natureza arredia, vez e outra ele espetava-me.
           De tanto ser machucada, resolvi dar um basta. Não abandonei o cravo, eu ainda o sirvo, mas passei a tratá-lo como se ele fosse qualquer outro cravo na terra, ele já não era mais o único para mim, como afirmou o escritor francês " Eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E serei para ti única no mundo." (Saint-Exupery).
          Diante disso, tornei-me irresponsável por aquilo que cativei. 

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